sábado, 2 de janeiro de 2010

Maria Luiza Pagliari
Rio Verde, GO

Tenho 56 anos e conheci a Seicho-No-Ie em 1993. Saí de um bom emprego de 20 anos, em 1995, acreditando que, com a indenização recebida e os bens que eu já possuía, iria prosperar muito, mas foi um engano, e, dentro de um ano, fiquei sem nada. Resolvi mudar de cidade e Estado, e vim para Rio Verde em 1996, a fim de começar tudo outra vez. Com poucos recursos, sem conhecer ninguém, comecei a procurar emprego. O tempo foi passando, e nada conseguia. Pagando aluguel e com três filhas, de 12, 15 e 17 anos, não tínhamos como nos sustentar. Foram os colegas da Seicho-No-Ie que nos ajudaram. Minha maior vontade era que minhas filhas continuassem os estudos, mas a mais velha, para minha tristeza, ficou sem estudar, pois eu não tinha como custear seu ensino. Nesse tempo, fazia alguns bicos como vender produtos de casa em casa, e, no tempo disponível, dedicava-me à Seicho-No-Ie. Praticava muito, trabalhava como PAMS, fazia muita Meditação Shinsokan, Oração de Gratidão aos Antepassados, leitura e transcrição de sutras e livros sagrados, participava ativamente das tarefas da associação local. Em 1997, consegui um emprego. Ganhava pouco, mas tinha casa para morar, e, assim, saí do aluguel. Minha filha mais velha foi para o Paraná a fim de estudar; cursou uma faculdade estadual e morou na casa de estudante, pois assim o custo era menor. A segunda filha também teve de parar de estudar. Foi quando prestei um concurso público para trabalhar numa faculdade. Havia uma vaga. Entre uns 40 candidatos, todos jovens, e a maioria universitários, eu, com uns 20 anos sem estudar, via poucas possibilidades de ser aprovada. Então, mais uma vez apliquei o que havia aprendido nesta filosofia maravilhosa: ao iniciar a prova, fiz a Meditação Shinsokan e agradeci muito ao meu falecido pai por ter, com muito sacrifício, dado estudos aos 12 filhos, e eu, com sua proteção, também iria conseguir dar estudos às minhas filhas. Passei em primeiro lugar! Assim, em 1999, trabalhando na faculdade, consegui que as outras duas filhas cursassem o ensino superior, realizando, assim, um dos meus sonhos. Outro desejo era ter minha casa própria. Recebi um valor e, assim, nesse mesmo ano, realizei meu segundo desejo. Em 2005, eu e minhas filhas, todas trabalhando e com situação financeira estável, e prestes a ser avó, veio outro problema: foi diagnosticado câncer no intestino. Não contei para ninguém, pois minha filha mais velha estava no final da gravidez. Foi muito difícil, pois os médicos queriam fazer a cirurgia imediatamente, suas secretárias telefonavam dizendo que eu precisava retornar e marcar a cirurgia com urgência, mas eu estava decidida a não contar até a chegada de meu neto. Não agüentando mais, contei à minha amiga e preletora Bernadete Colin, que muito me ajudou. Nasceu meu neto e foi-lhe dado, para minha surpresa e alegria, o nome de meu pai, Aurélio, que havia falecido de câncer no intestino. Então contei às minhas filhas o meu problema, e me deram muito apoio, dizendo que eu era uma guerreira e iria vencer também esta batalha. Pedi uma semana de licença no trabalho para fazer os exames e senti necessidade de fazer muitas orações para meu pai e seus irmãos que morreram de câncer. Assim, eu ficava o dia inteiro e parte da noite fazendo ininterruptamente Oração de Gratidão aos Antepassados e leitura do livro A Humanidade é Isenta de Pecado, em frente ao oratório. Após os exames realizados e depois de consultar vários médicos, todos foram unânimes nos prognósticos: U.T.I. após cirurgia, provável uso de bolsa e aplicação de rádio ou quimioterapia. Fizeram a cirurgia em Goiânia, que foi um sucesso, e saí do hospital antes do previsto, sem U.T.I. e sem usar bolsa! Minha fé era muito grande, e eu ainda praticava muito os ensinamentos da Seicho-No-Ie. 15 dias depois de operada, saiu o resultado: não havia necessidade de fazer rádio nem quimioterapia! Então, retornei a Rio Verde. Nesse momento tive certeza de que meus antepassados haviam se libertado do sofrimento entendendo que a “humanidade é isenta de pecado”, e eu, graças aos meus antepassados e a todas as orações que recebi de muitas pessoas, estava curada do câncer no intestino! E ainda tinha o meu terceiro sonho! Um carro, que veio com a chegada de meu neto, presente de meu genro à minha filha, mas sou eu que o uso. Hoje, levo uma vida completamente normal, praticando e dedicando-me aos ensinamentos da Seicho-No-Ie. Agradeço a Deus pela vida, ao mestre Masaharu Taniguchi por esta filosofia maravilhosa, aos meus antepassados, às minhas queridas filhas, às preletoras Hilda Zordan, Bernadete Colin e Odária Guimarães, pelo apoio e pelo conforto recebidos, e a todos os presentes neste Seminário, pela oportunidade de pronunciar meu relato. Muito obrigada!

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