sábado, 2 de janeiro de 2010

Fábio Rocha Coutinho
Joinville – SC


Reverências. Muito obrigado!Nasci em uma família maravilhosa! Meu pai era viúvo antes de se casar com a minha mãe. Do primeiro casamento, teve meu irmão, Fausto Rocha Júnior, ator de televisão em vários filmes, novelas da Globo, do SBT etc. Sempre tive grande admiração por ele; para mim, ele era ponto de referência, meu ídolo! Em 1997, ele começou a perder os movimentos da mão direita; ficamos muito preocupados. Após vários exames, os médicos constataram um tumor na 5.a vértebra. Nosso chão caiu! Dizíamos a ele que não tinha tumor algum! Em 9 de setembro daquele ano, foi submetido a uma cirurgia que, graças a Deus, correu tudo bem! Estávamos muito felizes com sua recuperação, mas, quando menos esperávamos, começou novamente a perder os movimentos dos braços e também das pernas. Fizeram vários exames e descobriram que ele sofria de uma doença degenerativa (esclerose lateral amiotrófica) que, pela Medicina, era incurável. Apesar de os médicos dizerem isso e de ficarmos muito abalados, mentalizávamos que ele era filho de Deus, perfeito e saudável! Encomendávamos Forma Humana, líamos a Sutra Sagrada, mas, aparentemente, nada adiantava. Em meses, ele perdeu todos os seus movimentos e a fala, e vivia uma vida vegetativa. Sua esposa tomou a frente de tudo, não aceitando que meu pai e minha família o visitassem. Ficamos desesperados, fizemos muita Oração para Perdoar. Queríamos ajudá-la de qualquer maneira, mas não podíamos. Graças a Deus, conseguimos nos reaproximar dele. Foram vendidos carro, casa, tudo! Seu tratamento era caríssimo. Não dávamos mais conta, mas não perdíamos a esperança e a fé. Ele, coitado, ficou sozinho; seus amigos todos o abandonaram; só tinha a nós para ajudá-lo! Minha mãe pediu orientação ao prel. Manoel, de Joinville, e ele disse que meu pai deveria lavar o túmulo da sua ex-esposa com muita gratidão, pedindo perdão por ter construído uma nova família. Passada uma semana, recebemos um telefonema da televisão, dizendo que tomaram conhecimento e que queriam muito ajudá-lo. Nesse momento, agradecemos muito a Deus! Fizeram inúmeras campanhas em nível nacional, graças às quais conseguimos proporcionara ele um final de vida mais digno. Em 2000, foi submetido a uma cirurgia. Como não conseguia mais se levantar, era necessário fazer uma ligação direta do alinhamento ao estômago. O médico disse que não sabia se ele iria sobreviver. A cirurgia transcorreu bem, mas, infelizmente, foi atingido o aparelho respiratório, pois não conseguia mais respirar. Foi para a U.T.I., onde conseguia se comunicar somente com os olhos, através de piscadas. Ficava muito agoniado, e os enfermeiros, com muita calma, perguntavam o que ele queria: “Você quer que o Fábio venha aqui?”. Ele piscava aliviado! Ele queria que eu ficasse o tempo todo com ele, e eu, com muito amor e gratidão, o fazia. Havia passado um ano, e o sofrimento era progressivo! Líamos sutras, agradecíamos muito aos antepassados, para que aliviassem seu sofrimento e curassem seu espírito. No dia 26 de janeiro de 2001, eu estava sentado ao seu lado, lendo a sutra e agradecendo muito. Dizia: “Antepassados, muito obrigado!”. De repente, despertou em mim uma força que até então eu desconhecia. Olhei para ele, que estava com aquele olhar triste, tomei coragem e disse que ele era filho de Deus, perfeito! Que a doença não existia! Falei: “Quando te libertar, voa como se fosse um pássaro, voa o mais alto e livre possível!” Chorávamos muito, muito mesmo! Disse a ele que, se tivéssemos feito algo que o tinha magoado, pedíamos perdão naquele momento. Que o fizemos porque o amávamos incondicionalmente! “Mano, você é meu herói!” Despedi-me dele, disse que um dia iríamos nos encontrar com certeza, porque a vida jamais morre! Cheguei em casa e disse a meus pais que ele iria partir para o mundo espiritual. Em seguida, recebemos uma ligação do hospital, dizendo que ele havia falecido. Agradeci a Deus naquele momento por ter acolhido o filho que tanto O amava. Tomei a iniciativa de me dedicar ao Movimento de Iluminação da Humanidade, da Seicho-No-Ie. Agradeço incansavelmente à Seicho-No-Ie e aos meus queridos antepassados! Hoje, tenho 23 anos, sou vice-presidente de associação local. Posso dizer que hoje sou muito feliz! Muito obrigado!

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