sábado, 2 de janeiro de 2010

Lúcia Maria Firmino
Natal, RN


Conheci a Seicho-No-Ie em fevereiro de 2004, num daqueles momentos em que imaginamos estar no limite das nossas forças. Nesses momentos, tudo à nossa frente torna-se um enorme vácuo, e somos tomados por um desânimo aparentemente maior que nós mesmos. Surpreendi-me e não nego que achei estranho o que encontrei ali: uma visão de vida muito diferente da que tinha concebido durante toda a minha existência. Um novo aprendizado: ver a vida com outros olhos. Fui-me recompondo do estado de desânimo em que me encontrava, passei a acreditar que sou filha de Deus, herdeira de Seus atributos; fui adquirindo entendimento, conscientização da minha natureza divina e melhorando o meu estado interior, o que se refletia no que me acontecia no dia-a-dia. Uma das práticas que mais repercutiu em minha vida foi a Oração em Memória dos Antepassados que se realiza nas associações locais e nas regionais. As leituras dos livros e da sutra sagrada encaminharam-me para uma nova realidade e conscientização de que o homem não é corpo, e sim um ser espiritual. Tudo transcorria normalmente, porém, em junho de 2005, no final de um dia de trabalho, senti uma forte dor de cabeça, seguida de mal-estar, e fui levada ao hospital. Após os exames, foi diagnosticado um aneurisma cerebral. Foram vinte dias de internação. sendo dez dias em Unidade de Terapia Intensiva – U.T.I. Foram momentos difíceis, de muita expectativa e insegurança para os familiares e amigos, ante a possibilidade de complicações. O tratamento culminou com uma cirurgia.Em nenhum momento, desde que recebi a notícia de que tinha sofrido um sangramento cerebral e diante da possibilidade de ser decorrente de um aneurisma, eu senti temor quanto à hemorragia. A reflexão da Sutra Sagrada Contínua Chuva de Néctar da Verdade (p.120) levou-me a perceber que esse comportamento foi conseqüência da assimilação das palavras: “se não temer, o homem não morre de hemorragia”. Todavia, apesar dessa conscientização, havia a expectativa de que pudessem ocorrer sequelas motoras. Pairava a apreensão de todos e realmente isso aconteceu: depois de um dos procedimentos cirúrgicos a que fui submetida, acordei na U.T.I. com o lado esquerdo do corpo sem movimentos. Foi um grande choque. A constatação do que temia. Nesse momento, os adeptos e os preletores da Regional Natal/RN fizeram orações, e até recebi a visita na U.T.I. do prel. júnior Agnaldo José Dias, que falou para eu só mentalizar “Imagem Verdadeira, Harmonia, Perfeição” e fez-me assumir o compromisso de que estaria na sede da Regional, na segunda Reunião da Prosperidade do mês de setembro de 2005, andando e dando o meu depoimento. Cumpri o prometido. Depois que recebi alta, iniciei um tratamento de fisioterapia para reabilitarme, recuperar os movimentos, pois não andava, não conseguia sequer mexer um dedo da mão esquerda, e tinha dificuldades na fala. Com a conscientização de que sou filha de Deus e a repetição da frase “Imagem Verdadeira, Harmonia e Perfeição”, rapidamente fui retomando a minha vida cotidiana. Em um mês, voltei a andar; quatro meses depois, a dirigir; e, nove meses depois, retornei sem nenhuma dificuldade motora e de locomoção! Que emoção de retornar à Seicho-No-Ie e ouvir o hino Viver Junto com Deus: “...sozinho eu vim, e eu sozinho parece que vivo, porém somos dois; é a outra pessoa constituída por Deus. (...) ...um templo de carne Ele originou e, em seu interior, fez minha alma morar...”! Surgem diversas indagações sobre tais acontecimentos em nossa vida e os “porquês”. Constantemente nos perguntamos: “Por que passamos por determinadas situações?”. Mas, na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, no capítulo “Homem”, está escrito que “segundo a mente, segundo a oportunidade, segundo a necessidade, manifesta-se no corpo e no ambiente variadas situações, porém a Vida em si não adoece, a Vida em si não morre nem desaparece”... Nesse momento, nós nos perguntamos: “Quem sou eu? Sou um ser limitado, sem perspectivas?”. Na realidade, sou um ser saudável, brilhante, maravilhoso, talentoso e fabuloso. Eu sou filha de Deus! E, assim, concluo este meu relato, agradecendo primeiro a Deus, por este renascimento e por ter-me dado esta vitória de transcender a matéria e conscientizar-me de que sou Imagem Verdadeira. Agradeço a todas as pessoas que estiveram ao meu lado naqueles momentos; aos meus antepassados; aos adeptos e preletores da Regional Natal-RN da Seicho-No-Ie; aos meus familiares; aos médicos; e aos amigos que contribuíram para a minha vitória.

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